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A Índia não é um lugar fácil. Toda ideia de encontrar um lugar previsível, com a facilidade e conforto do turismo convencional, não passa de ilusão. A Índia que imaginamos conhecer, através da yoga, da cultura védica, das lendas e da exuberância, é bem diferente na vida real. A Índia, antes de tudo, é o povo. Um povo que sobrevive de forma sábia e amorosa nos escombros de uma civilização marcada pelo desastre social e ambiental.  Encarar esse amor que transborda dos olhos, de uma gente que já viu o mundo se acabar e recomeçar centenas de vezes, te marca para toda vida.

As fotos foram feitas entre outubro e novembro de 2016, durante minha primeira viagem pela Índia, onde parti das planícies centrais superpopulosas de Uttar Pradesh até o meio das cordilheiras dos Himalaias, passando pelas cidades de Delhi, Matura, Vrindavana, Agra, Rishikeshi, Neelkanth, Kunjapuri e Dharamsala. Nas fotos busquei revelar os olhares que refletiam toda a minha surpresa e encantamento. Fossem de crianças ou velhos; vagabundos de rua, mestres artesãos ou mesmo animais e divindades de 50 metros de altura. Algumas vezes esses olhares me chocavam. Em outras,  maravilhavam tão incrivelmente amorosos.

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